Pete Sampras é considerado um dos maiores nomes da história do tênis, com um legado impressionante de 14 títulos de Grand Slam — sendo sete em Wimbledon, cinco no US Open e dois no Australian Open — acumulados ao longo de 15 anos de carreira. Apesar de todo o brilho das quadras e o calor das torcidas, o que pouca gente vê são as batalhas pessoais que Pete enfrentou fora das competições, desde a perda de seu treinador até o delicado diagnóstico de saúde de sua esposa. Neste artigo do Esporte Tênis, mergulhamos na vida íntima e nos desafios superados pelo astro para se tornar uma verdadeira lenda do esporte.

Amor à primeira vista nos bastidores

Em 1999, durante a comédia romântica “Love Stinks” (no Brasil, “O Amor é Cego”), Pete Sampras viu pela primeira vez a atriz Bridgette Wilson e logo sentiu que ela era a mulher certa para sua vida. Naquela época, o tenista estava se recuperando de uma lesão na perna sofrida no torneio RCA Championships, em Indianápolis. Em sua biografia “A Champion’s Mind” (2008), Pete conta como essa fase difícil guardava um lado positivo: “Minha lesão foi a responsável por eu conhecer minha esposa”. Ele assistia ao filme com um amigo e, impressionado com a beleza de Bridgette, pediu para o amigo, que trabalhava na diretoria do time de basquete LA Lakers, entrar em contato com ela. Mesmo com alguns momentos de timidez no primeiro encontro, eles acabaram se apaixonando e se casaram em 2000, apenas nove meses depois.

Família em primeiro lugar

O casal recebeu seu primeiro filho, Christian, em novembro de 2002, seguido por Ryan, em julho de 2005. Em entrevista à revista People, Bridgette comentou que a forma como cada um lidava com a paternidade e maternidade era diferente, mas complementar: “Tivemos que aceitar pertencer a estilos diferentes de criadores — é por isso que existe o pai e a mãe com abordagens distintas, porque ambos são necessários”.

Decidiram se afastar do tênis e da carreira artística no auge, ainda jovens, para se dedicarem integralmente à família. Como Bridgette disse, “quero estar presente quando os meninos acordam e na hora de colocá-los para dormir”. Pete reforçou essa escolha em entrevista para o The New York Times, explicando seu controle sobre a própria vida e o privilégio de passar mais tempo com os filhos, fazendo atividades simples como ir ao parque durante a semana, algo que muitos trabalhadores não conseguem.

A luta contra o câncer de Bridgette

Em 2023, Pete abriu seu coração ao público ao revelar que Bridgette foi diagnosticada com câncer de ovário no ano anterior. Em uma publicação no X (antigo Twitter) via ATP Tour, ele compartilhou o período difícil que a família enfrentou: “Minha esposa passou por cirurgia, sessões intensas de quimioterapia e segue com terapia de manutenção”.

Apesar do sofrimento, Pete destacou a força dos filhos, que se tornaram um apoio fundamental para a esposa, ele mesmo e entre si. Ver Bridgette continuar sendo uma mãe e esposa incrível mesmo com as adversidades tem sido uma fonte de inspiração. Ele ainda pediu aos fãs e seguidores que mantivessem boas energias e orações para a recuperação da esposa.

Desafios e perdas durante a carreira

Um dos momentos mais difíceis da carreira de Sampras aconteceu em 1995, quando seu técnico de longa data, Tim Gullikson, foi diagnosticado com câncer no cérebro. Durante o Australian Open daquele ano, Pete viveu um episódio de emoção intensa ao chorar na quadra antes de um jogo importante, um gesto raro para o atleta conhecido pelo controle emocional. Gullikson havia desmaiado antes do torneio e, após receber o diagnóstico, foi levado de volta aos Estados Unidos. Pete explicou ao LA Times que sua humanidade e sensibilidade refletem que ele é uma pessoa comum, mesmo sendo uma estrela mundial. Infelizmente, Tim faleceu no ano seguinte, deixando uma marca profunda no tenista.

A trajetória de Pete Sampras vale muito mais que os troféus e vitórias: é uma história de resiliência, amor e dedicação à família, provando que até mesmo grandes campeões enfrentam momentos difíceis e conseguem vencê-los com coragem.

Fonte: HELLO! Magazine