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Zebras dominam 1ª rodada em Wimbledon: quem pode aproveitar as oportunidades?

2 de julho de 2025 às 11:26

O torneio de Wimbledon começou com temperaturas extremas, chegando a 35 graus, mas não foi só o calor que chamou atenção. Várias cabeças de chave foram eliminadas logo na primeira rodada, deixando o torneio ainda mais imprevisível e abrindo espaço para surpresas.

Pela primeira vez na Era Aberta, oito jogadores do Top 10 – divididos igualmente entre WTA e ATP – caíram logo na estreia, entre eles duas das três melhores ranqueadas do circuito feminino: Coco Gauff e Jessica Pegula. Elas foram superadas por Dayana Yastremska e Elisabetta Cocciaretto, respectivamente, esta última vencendo em apenas 58 minutos.

Além disso, quatro das seis campeãs recentes em torneios de grama deste ano perderam logo na primeira rodada em Wimbledon, mostrando que a transição do saibro para a grama ainda pesa para algumas atletas, mesmo aquelas com bom desempenho na superfície.

Quem já saiu e quem pode aproveitar essas baixas?

Primeiro quadrante

Neste setor, saíram a espanhola Paula Badosa, cabeça 9, e a campeã de Nottingham, McCartney Kessler (30). Badosa, que enfrentava problemas físicos, foi derrotada pela britânica Katie Boulter, que já tem títulos na grama e é esperança da casa. Kessler caiu para a tcheca Marketa Vondrousova, campeã de Berlim, em duelo entre campeãs recentes na grama.

Apesar dessas surpresas, outros favoritos seguem vivos, como Aryna Sabalenka (nº 1) e Madison Keys (nº 6), que venceram partidas duras. Além deles, outras forças emergentes como Elise Mertens (nº 24), também campeã em ‘s-Hertogenbosch, e semifinalistas anteriores Elina Svitolina e Donna Vekic, compõem um quadrante altamente competitivo. Sem falar em nomes como Emma Raducanu e Leylah Fernandez, campeã e finalista do US Open 2021, respectivamente, que podem aprontar.

Segundo quadrante

As zebras deste setor incluem a nº 5 Zheng Qinwen, que perdeu para Katerina Siniakova, e Jelena Ostapenko, que saiu lesionada diante de Sonay Kartal, outra jogadora da casa. Ons Jabeur, duas vezes finalista em Wimbledon, teve que abandonar o jogo por problemas respiratórios.

A favorita que permanece é a italiana Jasmine Paolini, vice-campeã em 2023, que escapou de uma eliminação precoce. Atrás dela estão com chances Amanda Anisimova e Linda Noskova, que têm experiência e bons resultados na grama este ano.

Outra jogadora a observar é Diana Shnaider, cabeça 12, que nunca passou das oitavas em Grand Slams, mas aparece como favorita para avançar mais neste torneio. Anastasia Pavlyuchenkova, semifinalista em 2016, também está nesta parte da chave.

Na parte mais interessante, a ex-top 10 Naomi Osaka ainda não conseguiu avançar para a segunda semana na grama, mas sua experiência pode ser um diferencial importante.

Terceiro quadrante

Este grupo perdeu jogadores fortes, como Jessica Pegula (campeã em Berlim), Karolina Muchova, Magdalena Frech, Tatjana Maria (campeã em Queen’s) e a duas vezes campeã em Wimbledon Petra Kvitova. Ou seja, uma nova jogadora garantida nas quartas de final de Wimbledon após essas eliminações inesperadas.

A suíça Belinda Bencic, que venceu em sua estreia após voltar de lesão, é a mais experiente na parte da chave, tendo chegado às quartas do US Open três vezes.

A chinesa Wang Xinyu, que eliminou Coco Gauff em Berlim e continuou em boa forma ao passar por Muchova, também é uma ameaça. Ela enfrenta a turca Zeynep Sonmez, primeira mulher da Turquia a vencer uma partida em Wimbledon na Era Aberta.

Ekaterina Alexandrova, cabeça 18, com bons resultados na grama, pode se destacar aqui, especialmente num provável confronto com Wang na terceira rodada.

Além disso, Elisabetta Cocciaretto, que eliminou Pegula, tem no saibro sua superfície preferida e vem em ascensão. Outras cabeças como Mirra Andreeva (nº 7), Emma Navarro (nº 10) e Barbora Krejcikova (nº 17) seguem na disputa, sendo Krejcikova a atual campeã e única com semifinal anterior em Wimbledon nesta região.

Vale ainda ficar de olho na jovem canadense Victoria Mboko, 18 anos, que entrou como lucky loser e já tem uma vitória expressiva sobre Frech.

Quarto quadrante

Neste setor, saíram a sensação Coco Gauff (nº 2), Marta Kostyuk e Maya Joint, campeã em Eastbourne, além da experiente Victoria Azarenka, duas vezes semifinalista em Wimbledon.

Elena Rybakina, campeã neste torneio em 2022, é a principal sobrevivente com semifinal anterior nesta seção, acompanhada por Iga Swiatek (nº 8), campeão de Roland Garros 2020 e de outros Grand Slams, e [Daria Kasatkina](/em/daria-kasatkina/) (nº 16), que já chegou às quartas aqui em 2016 e conquistou recentemente seu primeiro título na grama, também em Eastbourne.

Swiatek busca seu primeiro final na grama, após boa campanha recente em Bad Homburg, e pode enfrentar Rybakina na quarta rodada. Ambas ainda não se enfrentaram na grama.

A russa Kasatkina pode buscar retomar grandes resultados, possivelmente encarando Liudmila Samsonova (nº 19), outra força da grama com dois títulos na superfície.

A ucraniana Dayana Yastremska, que eliminou Gauff, é outra jogadora com perfil agressivo e adaptado para a grama, e pode se aproveitar da ausência da jovem americana para avançar. Sofia Kenin (nº 28), campeã do Australian Open em 2020, também tem chance de avançar várias rodadas.


O quadro está aberto mais do que nunca após as surpresas da primeira rodada. Jogadoras fora do radar podem fazer história na grama britânica e escrever seus nomes entre as grandes surpresas de Wimbledon. Quem vai aproveitar essa chance e quem será a próxima zebra a cair?

Fonte: [WTA](/em/wta/)Tennis